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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Noite



Queria morrer na noite...docemente
Como folha seca...no delirio das lembranças
Numa dança dolente...vagar no espaço...suavemente
Pousando enfim...no limbo das minhas esperanças

Nas brumas da escuridão...pela noite embalada
Nas mãos esquecidas...pelo toque da vida
Que me venceu...de mim não restou nada
Na escuridão seguirei...pela vida esquecida

Meus olhos...são o silêncio...são a sombra
Nos labirintos da escuridão...são o momento
Em que a tarde chega...a noite tomba
Morrendo em mim...alma triste em sofrimento

A noite penetra em mim...em enleios de saudade
Na sombra que me invade...no silêncio que grito
Na noite... viajo ao infinito...espero a eternidade
Mergulho na eternidade...perco-me no infinito

Nas esquinas do tempo...ficaram pedaços de mim
Mergulhados na noite escura..onde nunca é dia
Nas palavras em silêncio...no vazio que vem de ti
Nos sonhos perdidos...na perdida alegria

No meu silêncio...percorre-me a solidão
Na minha alma perdida...na bruma
Ouve-se um lamento...eterno...vão
Na escura noite...labirinto de penumbra

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vida...



Sou companheira silenciosa...de ti...vida
Chamo no meu grito...a eterna Primavera
Procuro-me no tempo...numa lágrima perdida
No desalinho de mim...já não sou quem era

Num caminhar infinito...por vales profundos
Deixo na vida...sonhos...dor...solidão
No meu corpo...deixo silêncios mudos
Sou o adeus da vida...manto de escuridão

Sou a morte...sou o grito...o lamento
Sou a lágrima...correndo solta...em despedida
Sou a sombra da noite...vagando em desalento
Sou escombros do passado...alma ferida

Escorre a vida...entre os meus dedos
Nos momentos...em que apago a saudade
Numa luta de vontades...sentires...medos
Num mar de lágrimas...abraço a eternidade

No silêncio da dor...no que sobrou de mim
Sou queixume da vida...grito meu tormento
Nos sonhos por viver...choro o meu fim
Na solidão da noite...clamo meu lamento

Os meus poemas...são as minhas mágoas
São choro...são gritos...vida por escrever
São palavras sentidas...são minhas lágrimas
São silêncio...são rimas do meu sofrer

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Só...



Há sombras de agonia no meu peito
Na noite...na madrugada...há escuridão
Havia rosas...há espinhos...na cama onde me deito
Na minha alma...no meu olhar...há solidão

No limite de mim...no silêncio das palavras
Infinitos de tristeza...na negra noite
Na nostalgia...no silêncio onde estavas
Recordo as palavras...as sombras...o ontem

Vago no tempo...onde vive a eternidade
Dias infinitos que se escapam...na linha da vida
Prendo nas mãos o tempo...onde ficou a mocidade
Choro gotas de ausência...numa lágrima perdida

Uma palavra desliza...no silêncio da memória
Perdida...esquecida...no silêncio da voz
É sombra triste...espectro da nossa história
Que viveu... e morreu...dentro de nós

A vida morre em mim...esperando o sonho
No poço fundo dos sentidos...passam as horas
Nas promessas imaginárias...onde deponho
Todo o amor...toda a vida...todas as auroras

Bebo sózinha a minha taça...brindo à solidão
Ninguém me acompanha...só minha sombra
Canto à lua...canto à noite...brindo à escuridão
Embriago-me de sonho...brindo à ilusão

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Momentos...



No meu grito...escorre uma lágrima suave
Em silêncio...no vale sombrio do meu ser
Num momento...nessa chama que não arde
No coração...continua uma lágrima a doer

Os murmúrios que estão nas sombras...no vento
Nos meus lamentos...nas minhas lágrimas
São pedaços de vida...que deixei no tempo
São folhas negras...no livro das minhas mágoas

No vazio do meu olhar...neste inutil pranto
Nos laços do destino...no limite da vida
Quero resgatar a dor...o desencanto
Choro meus sonhos...na noite perdida

Pelas ruas da vida...arrasto meu destino
Numa angustia constante...um medo de viver
Um vazio eterno...persegue meu caminho
No meu dia...na minha noite...no meu entardecer

Minha alma anoitece...esperando a aurora
Esperando a vida...na chama que se desvanece
Na bruma do tempo...no tempo de outrora
Mais uma noite gélida...na solidão que amanhece

Vagueio perdida... nas sombras do meu olhar
Procuro no caminho...uma réstia de esperança
Deixo esquecidos no tempo...sonhos por sonhar
Pedaços de vida...que vivem na lembrança

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Restos



A vida escoa-se...num amargo destino
Foge-me das mãos...abandona-me à solidão
No horizonte distante... marcas do meu caminho
No meu peito dolorido...vive a recordação

Nas palavras que não escrevi...vivem lembranças
Mundos infinitos...sentimentos...lágrimas...dor
Poemas inacabados...restos de esperanças
No corpo...na alma...marcas de um amor

Nos lugares da alma...reconditos...frios
Só iluminados...pelo manto da amargura
No rosto triste...brumas...sombras...vazio
No corpo adormecido...há restos de ternura

No livro da vida...deixei minha ilusão
No meu olhar...petalas de rosas bravas
Nos meus sonhos...o amor...a paixão
No meu sorriso...ficou um mar de lágrimas

Perco-me no vazio...ausente...esquecida
Um sopro dolente...invade meu coração
Nos poemas...desnudo a alma...a vida
No meu caminho...acompanha-me a solidão

Atravesso a vida...naufrágio de mim
Oceano onde adormeço...onde sonhei
Na luz da memória... no tempo sem fim
Onde fui rosa vermelha....onde te amei

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Brumas de Mim



Noite! és minha raiva...meu desnorte
Levas-me o coração...enterrado em trevas
Chorando levas-me a alma...dás-me a morte
Deixas-me presa na sombra...e não me levas

Espero-te...mas não te quero...és solidão
Pensar em ti...destroi o que de bom há em mim
Chamar-te...leva-me as esperanças...a ilusão
Pensar-te...afunda-me num abismo sem fim

Nas brumas da noite...nos sonhos dispersos
No lamento das madrugadas...há lágrimas
Há amargura...no silêncio dos meus versos
Nas folhas amarelecidas das minhas mágoas

No vento da noite...voam folhas...voa a vida
No meu corpo cansado...solta-se a dor
No meu olhar magoado...na esperança perdida
No silêncio que está em ti...ficou o amor

Templos de sombras...correm mansamente
Na escuridão da noite...no adeus em mim
Numa eterna mágoa...um canto dolente
Uma lembrança esvaída...que sobrou de ti

Na noite...nos sonhos que não quero sonhar
Neste cansaço de espera...que não quero ter
Nesta dolorida solidão...que não quer acabar
Neste amor sem tempo...que quero esquecer

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Lamento



Tudo é silêncio...sombra...nada
Na minha alma...no meu tormento
Sou folha de Outono...árvore tombada
Sou tristeza...sou dor...da vida sou lamento

Vivo envolta em nevoeiro...escuro manto
Onde me aprisionei...deixei ficar a vida
No amanhecer...nas lágrimas do meu pranto
Horizonte sem luz...onde fiquei perdida

Nas asas da escuridão...mergulho no espaço
Na distância do tempo...nas ilusões esquecidas
Procuro as  razões...para a dor...o cansaço
Nas palavras vazias...nas noites perdidas

Grito em mim...num cansaço de loucura
Nas brumas do tempo...voa o pensamento
No silencio profundo...geme a amargura
Nas vagas do vento...canto meu lamento

Trago a alma...de negro vestida
Nesta nostalgia...sou ausência...abandono
Neste triste verso...onde escrevo a vida
Sou folha ao vento...vida sem retorno

Triste escuridão...deixa raiar o dia
Sou o instante do tempo que passa
Sou o momento...de rasgada agonia
Sou o fel...que transbordou da taça

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nos Braços da Noite



Nos braços da noite... em que se tornaram os dias...nas cinzas do que não vivi, amortalhada nos sonhos...que ficaram no tempo, deixaram de ser meus...são desertos de saudade, fim de um horizonte onde não somos mais... nós...no tempo infinito de uma lembrança...promessas adiadas...num tempo que o relógio do esquecimento já não marca os momentos...nas palavras ausentes...no esquecimento de mim... do meu corpo...despojado de ti...no tempo que morreu em mim, num silêncio que só a solidão consegue ter, num chorar de sentimentos...lado a lado...mas sós...nas horas marcadas num tempo que ficou na recordação, como o nevoeiro dos meus olhos...na penumbra da noite...que vive neles, esperando a madrugada...nas ruas do meu tormento...na bruma da minha solidão...esperando nas sombras que estão em ti...nos restos da minha memória...na espera em mim...no silêncio de ruas sem nome...onde não me encontro...no ontem... das minhas recordações...onde escrevo a dor...nas rimas vazias...nas esquinas do meu destino... nos recantos das feridas por sarar...no tempo sem tempo, onde não existo, na vida vivida, mas esquecida...mergulhada no profundo silêncio, onde as palavras...deixaram de ser palavras...são vazio profundo...no tempo...esmagado no peso dos sentimentos...que percorrem as mais negras vielas da minha solidão.


Palavras adormecidas...vagando na saudade
Enterradas... no mais profundo do meu ser
Amordaçadas...no manto da eternidade
Sepultadas...cansadas no meu querer

Renascem das cinzas...no silêncio sem voz
No ultimo folego...na derradeira vontade
Nas ultimas lágrimas... que sobrou de nós
São escuridão...esperando a claridade

No abismo me afundo...perdida de mim
Na solidão do meu ser...sou escuridão
Meu olhar perdido...nas brumas sem fim
Lembrando o passado...chora meu coração

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Desvarios....



Minhas mágoas...são vagas...no rio do meu corpo
Sou vazio... no silêncio dos meus braços
Nas minhas mãos....que pedem tão pouco
Nos meus desvarios...nos meus cansaços

Meus olhos...têm a cor da noite escura
São fogueira...são ausência...são solidão
São outono...são saudade...são loucura
São perolas negras...são vazio...são escuridão

Meu corpo...é sombra...é sonho...é nudez
Rio que me percorre...na solidão de ti
É vazio...é tristeza...e tu não vês
É desejo...é tortura...acorrentado em mim

Procuro-te..nas noites...no adormecer
Nas esquinas do meu corpo..procuro-te
Na cama vazia...no desejo a arder
No silêncio do nosso silêncio...procuro-te

Na alma amarga...no corpo esquecido
Desespero...dor...loucura...perdição
Lamento...cortando a carne...sou gemido
No limbo da saudade...sou solidão

Nos desejos guardados no meu corpo...espero
Viveram em ti...hoje vivem em mim
Na memória...no tempo que não quero
Recordações dum passado...morto em ti