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sábado, 30 de janeiro de 2010

Sombras



Nos meus olhos...há sombras sem nome
Sombras flamejantes de pensamentos
Na solidão que no mundo me coube
Nas palavras por dizer...de momentos

Nas sombras que povoam minha mente
De vozes distantes...que não sou eu
Numa dor...pressentida...fremente
Da vida... que em mim morreu

Vejo em sonhos...essa sombra que desce
No escuro da noite...na fria madrugada
Essa sombra negra...que não me esquece
Sombra da morte...na noite sepultada

Minha sombra...em gestos doloridos
É voz da minha dor...da minha queixa
Grita...murmura aos meus ouvidos
A solidão...que esta voz deixa

Na sombra da tristeza...vejo o tempo correr
Corre veloz...como a chama da vida
Solto minhas lágrimas...doi-me tanto viver
Corro contra o tempo...em despedida

Minha alma...de negro vestida
Sepultada...com os sonhos...emoções
Na bruma do tempo...esqueço a vida
Na sombra de mim...enterro as ilusões

Nas sombras da noite...estendo a mão
Afasto os fantasmas que estão em mim
Sombras da minha sombra...são escuridão
São negro céu...abismo sem fim

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sou...




Sou paixão...sou tempestade...vida esquecida
Nos gritos do meu ser...sou saudade
Sou triste outono...no anoitecer da vida
Sou cinzas de mim...esperando a eternidade

Sou escura noite...terra de desencanto
Sou frio de Inverno...verso nefasto
Na raíz do tempo...solto meu pranto
Sou de ti vida...triste repasto

Sou veneno...sou amor...sou nada
Sou profunda dor...imensidade
Sou morte na vida...já sepultada
Coração vazio...sou saudade

Sou anjo errante...alma perdida
Espero a madrugada...sou estrela da noite
Sou nuvem de escuridão...resto de vida
Lamento maldito...sem horizonte

Sou silêncio...sou noite...instante de agonia
Momento nas horas...vendaval de loucura
Na escuridão dos meus sonhos...chamo o dia
Sou memória do tempo...tempo de amargura

Mergulho o olhar...neste deserto sem cor
Procuro um oásis...sou ave no infinito
Na longa caminhada...sou campo de dor
Sou terra de bruma...escuro labirinto

domingo, 24 de janeiro de 2010

Desalinho de Mim



Escrevo...no desalinho dos meus pensamentos
Fragmentos de vida...perdidos no infinito
Mergulho em mim...recordo os momentos
Dos dias...das noites...na solidão que grito

Meus canticos de dor...ecoam na noite escura
São soluços...da minha alma dolorida
São súplicas...são gritos de amargura
São lágrimas...dos meus olhos já sem vida

Na minha voz calada...o pensamento voa
No infinito de mim...no amor amordaçado
Que no profundo da minha alma...ecoa
Magoa o  coração...chora o passado

Meus olhos tristes...são lágrimas de sofrimento
No tempo sem tempo...nas horas tardias
São vendavais...são gotas do meu lamento
São madrugadas tristes...sombras dos meus dias

Meu rosto marcado pelo tempo...envelheceu
Revive as lembranças...esconde a tristeza
Chora as dores...daquela que não sou eu
É sombra de mim...perdeu a  beleza

Nas sombras da noite...espero a madrugada
Sou réstia de luz...neblina de ilusão
Caminho sem rumo...sou porta fechada
Restos de passado...magoam meu coração

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sou Dor...escuridão




Sou a escuridão...de noites sem luar
Bebo minhas mágoas...em cada amanhecer
Nas vielas tristes da vida...procura-me estou lá
Nos espaços infinitos...do meu entardecer

Nas mãos da noite escura...solto a vida
Que escorre dos meu olhos...fria madrugada
Onde a luz não entra...sou beco sem saída
No encontro do tempo...não espero nada

Sou a dor...de todas as ruas vazias
Nas cinzas da noite...sou o ocaso da vida
Nos poemas adormecidos...restos de agonias
No tempo que me foge...caminho perdida

Sou alma esquecida...sem luz...sem destino
No recanto da solidão...sou esboço de dor
Horizonte inacabado...traço do meu caminho
Sou voz que calou...um grito de amor

As minhas mágoas...cinzas soltas ao vento
Lamentos solitários...das minhas noites
Nas brumas da memória...trago o esquecimento
No anoitecer da ilusão...trago o ontem

O que escrevo...sou eu...sou sentimento
Sou tristeza...sou tormento...sou dor
Folha de Outono...arrastada pelo vento
Sou eu...sou tudo isso...menos amor

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tristes Memórias





A minha voz não te toca...emudeceu
Sinto a melancolia... de ti...em mim
Nos olhos o vazio...que nos meus esmoreceu
Calados e distantes...vivemos assim

No teu silêncio... és noite fechada
És...estás distante...o amor morreu
Nem te apercebes que sou noite cerrada
Vivi em ti...hoje em mim...a solidão cresceu

Memórias antigas...perdidas no tempo
Nas palavras esquecidas...na boca calada
Sou corpo ausente...fantasma no vento
Nos sentires da saudade...sou vida acabada

Sou vazio...sou silêncio...sombra triste
Sou resto de ti...que ficou em mim
Nesta angustia...que no meu peito resiste
Caminho sem volta... horizonte sem fim

Na fronteira da memória...palavras por dizer
Paro o tempo...no despontar da aurora
Esqueço o pensamento...na raíz do querer
Traços de desgosto...dor que me apavora

Sou alma só...escrevo a vida em verso
Abismo na morte...no abandono de ti
No passar do tempo...nas rimas que esqueço
Nas lágrimas que choro...choro por mim

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SONHARES...

 


No silêncio que calo...solto os gemidos
Que no meu corpo...esperaram por ti
No meu delirio...na noite...nos meus sentidos
Na vontade do teu corpo...em mim

No meu corpo adormecido...na pele despida
Suspende-se o tempo...no quarto frio
Onde estou presa em ti...perdida
Nos momentos de espera...corpo vazio

Na cama fria...o vazio dorme a meu lado
Na noite escura...madrugada de desejo
No silêncio...do meu corpo já cansado
Nos momentos de espera...só por um beijo

Nos sonhos de outrora...poisavam gemidos
Voando em caricias...da minha boca
Numa dança...de momentos vividos
Num doce deleite...de orgia louca

Queria morrer nos teus braços
Num poema de ninfa enamorada
Seguindo o rumor dos teus passos
Caminho em mim...moura encantada

Nas dores escondidas...percorro os dias
Afago as noites...nas esquinas do meu corpo
Sonho promessas...recordações...fantasias
Vem a madrugada...do sonho sobrou tão pouco








terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Murmurios de Mim



No murmurio do silêncio...que doi tanto
Nas noites em que desfolho a saudade
Nas madrugadas vazias...nos olhos de pranto
Na embriaguês da ilusão...sem claridade

Sobrevivo nas cinzas...sou sopro de dor
Nas ondas da memória..no mar revolto
Escondo a tristeza...num manto sem cor
Nas brumas da noite...choro meu desgosto

Procuro-me nos dias perdidos...noites vazias
Visto-me de alegria...sou  escuridão
Procuro as ilusões...nas madrugadas frias
Caminho sózinha...nos becos da solidão

No meu coração...vive a amargura
Sou rosa em sangue...espinho de dor
Sou flor no céu...ave na noite escura
Jardim sombrio...despedida de amor

Escrevo a vida...em sangue vivo
Choro sózinha...chamo a saudade
Apago o tempo...onde sobrevivo
Na escura noite...espero a claridade

Num sorriso...numa lágrima
Espero-te...na essência do sonho
Nas folhas amarelecidas...da mágoa
O meu amor...a teus pés eu deponho

sábado, 9 de janeiro de 2010

Mãos Vazias




Das minhas mãos...solta-se a esperança
Numa angustia de palavras proibidas
No silêncio que me queima...na lembrança
Tudo que sobrou...mágoas sentidas

No meu desespero...caminho nas palavras
Nos labirintos do coração...adormeço
Na sombra da noite mergulhei...tu não estavas
Fecho as portas ao sonho...volto ao começo

Trago na alma...a noite e o dia
No abismo profundo...do meu passado
Procuro a felicidade...na minha fantasia
Procuro-me na noite...que vive a meu lado

Sou noite..sou escuridão...alma errante
Nos sonhos perdidos...procuro o destino
Nesta incerteza...de sentir pulsante
Restos de vida...deixo pelo caminho

Queria acordar...emergir das sombras
Esquecer esta dor...caminhar
Noite escura...que em mim tombas
Faz-me acordar...deixar de sonhar

Amortalhei-me...no esquecimento
Numa ansia louca de infinito
Rompi os laços do sofrimento
Chora a tristeza...nos versos que grito

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Rosa Triste




Sou rosa seca...desfolhada solidão
Da côr do Outono...saudade na lembrança
Nos caminhos da desventura...morre meu coração
Fui alma apaixonada...sou vida sem esperança

Minha vida sombria...rosa sem cor
Inverno frio...manto de escuridão
No gelo da indiferença...ficou o amor
No meu peito...soluça minha ilusão

Meu corpo cansado...refugio de incerteza
Num grito mudo...solto meu pranto
Os meus olhos...já sem beleza
Bebem a amargura...nos versos que canto

Minha alma grita...no eco duma saudade
Passos apagados...do que percorri
Quero amanhecer...voltar a ter a idade
Que a tua frieza...apagou em mim

Minha vida...luz de lâmpada sombria
Minha alma...fria como um lamento
Minhas horas tristes...sem alegria
Minhas saudades...vagas de sofrimento

Alma amarga...corpo esquecido
Espinhos cortando a carne...na dor
Um sussurro de lamento...um gemido
Na lembrança...um triste amor

A noite cai no meu rosto...lugubre
Como petalas negras...na minha pele
Quando em mim ardia a paixão...era lume
Hoje bebo a vida...em taça de fel

domingo, 3 de janeiro de 2010

Abismo Sombrio






No abismo insondável...tenho a noite
Nos meus olhos...tenho a solidão
Nos meus versos...tenho o ontem
Em mim guardo...toda a escuridão

Meu pensamento sangra...nas madrugadas
Num vento de morte...na alma vazia
Nas imagens que guardo...tristes...amarguradas
Nos braços da noite...espero outro dia

Carrego a solidão...nas cinzas da dor
Navego... no desvario da loucura
Nesta agonia...neste maldito amor
Meu rosto de pranto...é noite escura

Nas minhas angustias...carrego o vazio
Condenada ao silêncio...nas longas horas
Brumas imaginárias...nevoeiro frio
No silêncio da noite...minha alma...tu choras

Ando perdida...vago ao sabor do luar
Nas mãos vazias...desfolho meu lamento
Sou onda adormecida...no alto mar
Naufragando no cais do sofrimento

No fogo adormecido...ouço meu coração
Que grita ao céu...à noite...à lua
Neste ser...hoje perdido...sombra de paixão
Recorda um passado...onde fui tua

Sou feita... de raiva e desalento
Da ternura...sobrou só a solidão
Meu nome... é esquecimento
Silêncio de abismo...sepulcro de paixão

sábado, 2 de janeiro de 2010

ANTÓNIO MOURÃO - NOITE